Hoje, 22 de abril, o mundo inteiro celebra o Dia da Terra, uma expressão simples, mas ao mesmo tempo cheia de conteúdo, já que faz referência ao planeta que habitamos e ao mal que temos feito com ele para as futuras gerações. Aliás, nos dias que correm, o Dia da Terra deve ser mais advertência do que celebração.

A origem dessa data remonta a 1970 (sobre ela já falei diversas vezes aqui no blog). A temática deste ano incide sobre “Literacia ambiental e climática”, promovendo o conhecimento e a capacitação da população sobre as mudanças climáticas, riscos e modos de inspirar ações em defesa da protecção ambiental.

Portanto, a agricultura e todo o ciclo de produção de alimentos até chegar ao nosso prato é um dos principais contribuintes para o aquecimento global. Por exemplo, estima-se que a produção pecuária possa produzir mais emissões de gases com efeito de estufa do que os transportes, no seu todo. Já alguma vez tinham pensado nisso?

Ora, se os agricultores e a indústria alimentar podem melhorar ambientalmente as suas práticas, também nós, cidadãos comuns, o podemos fazer. Através dos alimentos que decidimos comprar regularmente, podemos influenciar decisivamente o ambiente. Como? Vejamos:

– Adoptando um padrão alimentar do tipo mediterrânico com aumento da presença de produtos de origem vegetal que podem contribuir para minimizar os impactos que o consumo alimentar pode produzir no meio ambiente.

– Preferindo produtos produzidos regionalmente e comprando, sempre que possível, localmente, evitando trajetos longos para adquirir alimentos.

– Substituindo proteína de origem vegetal (aumentando o consumo de leguminosas como o grão, feijão ou lentilhas) em vez de quantidades excessivas de carne ou peixe diariamente.

– Reduzindo o consumo de produtos que viajam muitos milhares de quilómetros até chegar às nossas mesas e evitando meios de transporte como o avião, para transportar alimentos.

– Reduzindo as sobras e desperdícios alimentares no dia-a-dia.

– Preferindo os produtos vegetais (frutos e hortícolas) da época.

– Preferindo a água, como principal bebida ao longo do dia.

– Reduzindo a compra de embalagens e reciclando sempre que possível.

Estas medidas adoptadas por milhões de pessoas em todo o mundo podem dar um grande contributo para a redução da emissão de gases com efeito de estufa, redução dos gastos com água e energia e, assim, permitirem um futuro mais saudável para todos nós e para o nosso planeta.

O planeta que habitamos tem 4,543 biliões de anos e continua a ser o único objecto conhecido no universo capaz de originar e abrigar vida. Também é o planeta mais denso do Sistema Solar, mas nos últimos 35 anos perdeu um terço da vida silvestre – o que é muito, gravíssimo e dificilmente recuperável.

Se nos preocupássemos mais em compartilhar informações sobre o ambiente, se nos solidarizássemos com a reciclagem de embalagens, se nos comprometêssemos com a economia de água, com a utilização de energia limpa e conhecêssemos a lista de animais em vias de extinção, sem dúvida contribuiríamos para melhorar o que nos cerca e o que iremos deixar para as futuras gerações.

Mas para que tal não fique apenas na teoria, o que pode fazemos fazer, a outro nível, pela Terra? Aqui ficam mais alguns conselhos simples para cuidar do planeta com pouco esforço e grandes resultados:

. Utilizar lâmpadas de baixo consumo;

. Apostar nas energias renováveis;

. Dar mais vida à natureza, plantando, pelo menos, uma árvore;

. Reciclar e conhecer o que é biodegradável e o que não é;

. Não utilizar sacos de plástico ou reciclá-los, se os tiver que usar;

. Calcular a pegada de carbono. Com a ajuda de um calculador de carbono, é possível conhecer qual é a contribuição pessoal ao aquecimento global e, desse modo, reduzir a poluição de cada um.

Porém, talvez o melhor e mais simples seja fazer com que todos os dias sejam o Dia da Terra. Por isso, nada melhor do que nos comprometermos diária e afincadamente com o nosso planeta.

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